Maurício, engenheiro agrônomo, responsável pelo setor de regulamentação de novos produtos e procedimentos agrícolas em uma multinacional, me procurou para resolver um problema que o estava atormentando no dia a dia de trabalho:
A área de regulamentação é extremamente complexa e burocrática.
O diálogo com os órgãos públicos, estaduais e federais é cheio de detalhes. É um vai e vem interminável de dados e informações, até que os produtos sejam liberados.
Como seus colegas de trabalho não sabiam direito como esse processo ocorria, muitas falhas, antecipações e achismos contribuíam para um desperdício de tempo e dinheiro cada vez mais frequentes.
Maurício sempre conversava com todos para esclarecer as dúvidas, mas ainda dedicava a maior parte do tempo a apagar incêndios, fazer ajustes e, muitas vezes, a cancelar projetos em andamento.
Sendo assim, ele tinha a fama de ser o cara que emperrava tudo, que fuçava demais, que atrapalhava o andamento.
Uma imagem totalmente deturpada que foi se construindo ao longo do tempo. Sem fundamento algum. Mas era a PERCEPÇÃO que todos tinham.
Cansado e inconformado com a situação, Maurício queria aproveitar um evento em que vários setores teriam vinte minutos para apresentar suas realizações anuais, para mudar essa percepção.
Mas de que forma poderia abordar o problema?
Em diversos momentos, ele havia tentado. Mas sem sucesso, pois os problemas seguiam aparecendo com frequência e sua comunicação seguia sendo dedicada para resolvê-los.
Afinal, estava sempre analisando as PARTES, tudo FRAGMENTADO. Aos trancos e barrancos, e com muito retrabalho.
Depois de uma conversa mais aprofundada com meu angustiado mentorado, surgiu uma ideia ousada para iniciar a apresentação:
“A empresa deixou de faturar x milhões este ano por causa do nosso relacionamento, que precisa urgentemente de uma sessão de terapia. E é o que vamos fazer hoje aqui. Vocês estão abertos e dispostos?”
Tanto o valor apresentado quanto sua proposta para o evento chamaram a atenção do público. O interesse foi imediato.
Assim, durante a apresentação, Maurício se dedicou a mostrar, por meio de um caso real, como um produto nasce e como vai adquirindo forma ao longo da jornada de lapidação, implementação e comercialização.
Poucas pessoas, entre os 70 presentes, tinham ideia de como as partes se INTEGRAVAM e se RELACIONAVAM entre si, criando um todo, que deveria seguir as regulamentações exigidas pelos órgãos responsáveis.
Decerto que a área de regulamentação era a responsável por fazer esse trem andar nos trilhos.
Maurício também destacou que todos os envolvidos deveriam aprimorar a capacidade de considerarem e priorizarem não somente o que suas áreas estão fazendo e propondo, mas também os movimentos e intenções das demais áreas, ao mesmo tempo.
A compreensão (e a consequente transformação) tem que ser SISTÊMICA!
Uma ideia ou sugestão, isolada, pode não ter o mesmo SENTIDO, quando esta é inserida em um QUADRO MAIOR, MAIS AMPLO.
Também exercitaram a capacidade de, em cada etapa, prever CONSEQUÊNCIAS.
O caso apresentado serviu de exemplo, e todos compreenderam por que o retrabalho foi enorme e o custo muito maior do que o previsto.
A apresentação foi um sucesso.
Como resultado, a maioria conseguiu reconstruir sua percepção e entendimento sobre o setor de regulamentação, e de como este era de extrema relevância para o processo todo.
O clima mudou!
Maurício não era mais “do mal”. Alguns participantes até se desculparam. Ele agora era “o cara”.
Passado o evento, Maurício foi incorporando ao trabalho a mentalidade, as práticas e as diretrizes sistêmicas que abordei com ele nos encontros de preparação.
Sempre estimulava as pessoas a pensarem constantemente sobre relações, conexões, sentidos, consequências, a relação das partes com o todo, fluxos, sínteses, rupturas, informações isoladas, processos, encaixes, imediatismos…
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