Comunicação tem jeito

3 de janeiro de 2024

Verdade seja dita, conteúdo por conteúdo não gera nada: nem interesse, nem compreensão e muito menos ação. Comunicação tem jeito e já o conteúdo pelo conteúdo é copiar e colar, sem lapidar nem destacar. É deixar para o outro o papel de desvendar o complexo e entender sozinho, sabe-se lá o quê.

Por isso vemos tanto retrabalho, desinteresse e insatisfação na hora de assistir uma aula, uma apresentação, um evento ou até mesmo participar de uma conversa.

Mas como comunicar um conteúdo e garantir interesse, compreensão e principalmente, gerar ação?

A primeira coisa a se pensar é que comunicação tem jeito: “jeito” de pensar, de fazer, de falar, de olhar, de explicar. Pode ser um “jeito” chato, confuso, insuportável ou agradável, claro e interessante.

E falar de “jeito” parece simples, mas é algo muito profundo! Porque, pare pra pensar: o que faz um bom “jeito”?

Pense em alguém que tem um “jeito” simples de explicar as coisas? Lembrou? Quais as características dessa pessoa? O que ela tem de especial? O que ela faz durante a explicação?

  1. Traz exemplos do dia a dia para ilustrar as situações?
  2. Cria uma ordem interessante e que constrói curiosidade sobre o assunto?
  3.  Faz perguntas e usa as respostas para construir as ideias junto com o público?
  4.  Faz pausas na hora certa?
  5. Olha para cada uma das pessoas que estão ouvindo?
  6. Traz algum elemento ou material de apoio visual que ajuda a deixar mais fácil e interessante?
  7. Adapta-se ao público?

Eu poderia fazer uma lista enorme de detalhes, mas tem “uma coisa” que se não estiver nessa lista, nada funciona.

Pense na seguinte situação: você se preparou horas, dias para vender um xampu revolucionário.

Cumpriu todos os requisitos: montou um roteiro, desenvolveu slide, treinou horas a fio, ou seja, fez de tudo para arrasar no momento da apresentação. Chega na hora e ao dar uma olhada para sua plateia percebe algo assustador!!! São todos calvos.

Não dá mais pra ficar envolto no seu próprio universo, alheio a tudo o que acontece à sua volta e considerar que o que você sabe, é óbvio para o outro.

Muitos de nós tem vasto conhecimento sobre conteúdos, dados e informações. Tudo isso está disponível num clique. Às vezes colecionamos anos de conhecimento sobre determinado assunto e nos tornamos verdadeiros especialistas.

Mas pra comunicar algo você precisa de pessoas. Mas o que de fato sabemos sobre pessoas?

O que de fato precisamos saber para valorizar sua diversidade, individualidade e pensamentos? O que é preciso fazer para engajá-las?

Precisamos investigar mais, ouvir mais, parar um tempo pra desvendar um universo que não é o seu. A tal da empatia, sabe? Entender a necessidade do outro sob o ponto de vista dele, não do seu!

E sim, dá trabalho sair de si mesmo, colocar o ego trancado a cadeado e se entregar para o “outro” sem julgar.

Ir a fundo na dor, na intenção, no desejo até encontrar o “ponto de conexão” entre o seu assunto e essas necessidades. Ponto esse que irá provocar o “eureca”, o “entendi”, o “faz sentido”, tanto para você quanto para o outro.

É a partir do “outro” que se define um “jeito” eficaz de comunicar. É a partir do “jeito” que o outro se interessa, compreende e age.

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