“Já assistiram ao filme ‘A fuga das galinhas’, quando saem em debandada? Foi mais ou menos assim. Quando os holandeses entraram no refeitório, sem avisar, as pessoas perceberam que eles eram os novos executivos. Era gente se levantando de um lado e do outro, com o prato ainda cheio de comida, largando bandeja no meio do caminho. A sensação era de desconfiança, medo. Apenas algumas pessoas ficaram sentadas com os olhos arregalados.”

“Oi, tudo bem? Podemos sentar aqui? Você sabe o que aconteceu com as pessoas para saírem assim?”Bem. Holandeses são, por natureza, “inclusivos”, então imaginem a expressão que tinham na hora. Estavam atônitos, totalmente perdidos. Ed, naquele momento, não tinha muita certeza da razão da debandada em massa, mas deduziu que, o que ocorreu se deu pela cultura anterior. Ele já tinha visto que existiam algumas regras de convivência hierárquica consolidadas pela antiga gestão, tais como: não entrar no elevador quando a diretoria estava dentro, não sentar na mesma mesa para comer, não entrar em reuniões onde eles estavam…. coisas do tipo. Ouvindo isso, o CEO holandês, em especial, se mostrou bem preocupado com a situação. Foi preciso muitos meses para mudar a percepção criada pela gestão anterior. Após várias tentativas de aproximação, o CEO resolveu entrar no time de futebol da empresa, o que gerou uma relação mais próxima e única com aquelas pessoas.
