Como inspirar pessoas através de um discurso

6 de junho de 2014

Em nossos cursos falamos sobre a importância de pensar e estruturar nossas ideias para conseguirmos, de fato, transmiti-las ao público. Para ajudar na visualização, sempre analisamos casos reais. Aqui, falamos sobre o discurso feito pelo escritor Neil Gaiman.
Em nossos cursos falamos sobre a importância de pensar e estruturar nossas ideias para conseguirmos, de fato, transmiti-las ao público. Para ajudar na visualização, sempre analisamos casos reais. Aqui, falamos sobre o discurso feito pelo escritor Neil Gaiman. Vamos começar com o discurso feito pelo escritor Neil Gaiman, na formatura de uma das turmas da University of the Arts, na Filadélfia, em 2012 e que foi considerado por muitos, principalmente pelos fãs do escritor, como um dos discursos mais inspiradores da história. O estímulo foi tamanho que um designer transformou as palavras em um livro, chamado “Faça boa arte”. Mas vamos ao discurso!

ATRAINDO A ATENÇÃO DO PÚBLICO

Logo de cara, percebam que algo chama a atenção. Gaiman começa com informações que geram curiosidade no publico e que são de certa forma, uma provocação. Diante de uma turma de formandos, dentro de uma universidade, ele diz: “Eu nunca realmente esperei me encontrar dando conselhos para pessoas se graduando em um estabelecimento de ensino superior. Eu nunca me graduei em um desses estabelecimentos. E nunca nem comecei um. Eu escapei da escola assim que pude, quando a perspectiva de mais quatro anos de aprendizados forçados, antes que eu pudesse me tornar o escritor que desejava ser, era sufocante”. Nesse momento, Gaiman consegue a atenção dos que estavam sentados alí. E esse é o papel da sua introdução, atrair e reter o olhar do público. Deixar a plateia em um estado de “ok, estou te ouvindo…”.

TRAZENDO RELEVÂNCIA AO ASSUNTO

Logo depois, vejam como ele conta um pouco da sua trajetória e lembra o público sobre quem ele é enquanto traz crédito a tudo o que vai dizer a seguir. Esse pode ser considerado o cenário. Ao final desse cenário, Gaiman dá relevância ao seu discurso e desperta a vontade no público em saber o que ele tem para contar quando fala: “Então, pensei em contar para vocês tudo que eu gostaria de ter sabido quando comecei…” Vejam como ele consegue gerar curiosidade: “…E também em dar o melhor conselho que já recebi, o qual falhei completamente em seguir”.  

CONTANDO SUA PRÓPRIA HISTÓRIA

Com a plateia preparada e, mais importante, ansiosa para receber tudo o que ele tinha para dizer, o conteúdo começa a ser passado. Gaiman faz uma lista de seis itens que considera aprendizados essenciais para todo artista e argumenta, com fatos de sua própria história, confirmando sua eficácia. Por exemplo, quando ele diz: “…Em quarto, eu espero que vocês cometam erros. Se vocês estão cometendo erros, significa que vocês estão por aí fazendo algo. E os erros em si podem ser úteis. Uma vez escrevi Caroline errado, em uma carta, trocando o A e o O, e eu pensei, “Coraline parece um nome real…””. (Coraline é o nome de seu livro que deu origem ao filme de animação)

CONECTANDO-SE COM A PLATEIA

A sequência de conselhos vai construindo o sentido daquele discurso, a mensagem principal, o que ele quer que fique gravado para aqueles alunos. E aí chegamos ao ponto principal dessa apresentação, cada palavra foi dita pensando no público que a receberia. Todo o conteúdo foi construído com base no momento vivido por aqueles formandos e no que seria, de fato, importante para eles. Entrar para uma faculdade implica uma série de responsabilidades, regras, burocracias, estudos e técnicas que são absorvidos, mas o que Gaiman faz nesse momento é oferecer conhecimentos que não são ensinados na escola, conhecimentos que talvez eles só tivessem depois de anos de vivência e, mais importante, ele lembra cada um daqueles alunos o motivo de terem escolhido aquele curso: Fazer boa arte.

ENTREGANDO O QUE O PÚBLICO QUER

Para finalizar, o escritor oferece o que o público mais quer. A insegurança é muito natural quando entramos para o mercado de trabalho, quando passamos a ser profissionais, e o que todos queremos nesse momento, é uma palavra que nos tranquilize e nos devolva confiança. E é aí que um escritor de sucesso olha para os recém-formados e diz: “…E agora vão, e cometam erros interessantes, cometam erros maravilhosos, façam erros gloriosos e fantásticos. Quebrem regras. Façam do mundo um lugar mais interessante por vocês estarem aqui. Façam boa arte”. A sua conclusão deve fixar a mensagem que você quer que seja lembrada e também ajudar as pessoas a agir e tomar decisões. Todo discurso é um meio e não um fim e por isso, deve promover ações. Agora, vá e faça boa arte em seus discursos.

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