Quando as velhas fórmulas começam a colapsar devido a uma série de fatores, como a abundância de informação, a hiperconectividade e a inteligência artificial, entre outros, gerando insatisfação e até baixa produtividade, um novo tipo de líder é necessário, com novas habilidades como inteligência emocional, comunicação e, é claro, empatia.
Por um lado, esse novo momento assusta, claro. Afinal, não é do dia para a noite que se muda todo um modelo, um jeito de pensar e agir que já está enraizado e com o qual estamos acostumados. Por outro, porém, abrir-se para ouvir e entender o outro pode ser a chave para criar harmonia, conexão e engajamento em um mundo completamente novo. Abaixo, listamos alguns dos motivos pelos quais acreditamos nisso.
O exemplo vem de cima. Você já deve ter ouvido essa expressão. Quando pais, professores e, claro, líderes dentro de uma organização pedem que algo seja feito de um determinado modo, é muito difícil que sejam seguidos se o que for pedido não for uma realidade também em seu próprio dia a dia. Então, se um pai pede que seu filho se alimente bem mas tem aversão a qualquer coisa verde que apareça em seu prato e se um líder pede que seus colaboradores resolvam conflitos de maneira respeitosa e empática, com um colega ou mesmo com clientes, é muito provável que ambos irão fracassar imensamente em serem atendidos.
Até mesmo pela posição que ocupam, líderes naturalmente se tornam modelos. Assim, para estimular um ambiente harmonioso e de confiança, em que as pessoas resolvam problemas de modo empático, sempre levando em consideração também os pontos de vista do outro, não é preciso dizer muito se for dessa maneira que o líder age com seus liderados no dia a dia.
É comum que, com o tempo, a figura de quem ocupa a posição de liderança torne-se um ponto central para onde todas as decisões a serem tomadas convergem. Claro que isso gera uma sobrecarga e também uma dependência em que as pessoas deixam de assumir a responsabilidade por uma decisão, transferindo-a inteiramente para o líder.
Ao exercer empatia ao receber alguém que traz um problema ou uma questão a ser resolvida, o líder não só demonstra respeito, como também abre espaço para que a própria pessoa organize suas ideias e pensamentos. Claro que impulso de trazer respostas e soluções é grande, mas se é autonomia o que se deseja, resistir a ele e, em vez disso, fazer perguntas com interesse genuíno na pessoa e no que ela está passando e precisando torna-se um caminho muito melhor.